Guardians of the Galaxy, o Star Wars wannabe
Os meus receios confirmaram-se, o Guardians of the Galaxy (2014) não passa de um reles Star Wars wannabe.
Como é meu hábito eu não vi o trailer do filme e mantive-me longe das reviews do mesmo para manter as minhas expectativas neutras. Ainda assim nos dias de hoje é quase impossível não ouvir sound bites de um blockbuster desta envergadura e fui reparando que as opiniões da malta que sigo nas redes sociais estava um pouco dividida.
Há duas coisas que, mesmo que eu não queira, acabam por pesar na minha análise a este filme, eu sou um grande fã dos filmes da saga Star Wars e estou cada vez mais farto de filmes de superheróis (Marvel / DC Comics). Ainda assim tentei abstrair-me destes factos e ser justo com o filme.
Começando pelo realizador e argumentista, James Gunn, quem perguntei eu?
Só depois de ter visto o filme é que fui pesquisar sobre ele e o seu currículo não é nada de especial, de assinalar que escreveu os Scobby-Doo’s e o Dawn of the Dead (2004), filmes esses que não me impressionaram nadinha, tal como este Guardians of the Galaxy.
Quanto à banda sonora, o realizador deu-lhe bastante ênfase na história e é basicamente constituída por músicas dos anos 60 e 70. Reconheci boa parte das músicas mas a única de que realmente gosto é a Cherry Bomb das The Runaways. Eu até gosto de filmes com este tipo de banda sonora, mas na minha opinião aqui não funcionou muito bem.
No que toca ao elenco, mais um ponto negativo, faltou ali muita química entre as personagens principais, principalmente no romance entre o Peter Quill e a Gamora.
• Chris Pratt como Peter Quill — Quem?
• Zoe Saldanha como Gamora — Podiam ter escolhido uma actriz mais talentosa ou mais bonita, ou se calhar os dois.
• Vin Diesel como Groot — I am Groot.
• Dave Bautista como Drax — I am muscle.
• Bradley Cooper como Rocket — A personagem de que gostei mais.
Já o argumento também não me cativou muito, uma história como tantas outras com os clichés do costume. O humor está presente ao longo do filme e as piadas são fáceis, fáceis demais na minha opinião. No que toca ao romance como já disse anteriormente, não existe nenhuma química entre o Quill e a Gamora. Gostava que este filme tivesse sido um pouco mais aliciante para os meus neurónios, este Guardians of the Galaxy é tipo fast food, dá-nos aquela sensação de estômago cheio mas desprovido dos nutrientes essenciais.
Mas em tudo é mau neste filme, os efeitos especiais são de topo, do melhor que já vi, a animação do Rocket e do Groot são fantásticas, bem como as naves espaciais e as cenas no espaço. Tão bons que quase que me fizeram querer que todo o filme fosse uma animação, embora aqui também pese bastante o facto do elenco ser fraco.
Comecei este texto dizendo que o Guardians of the Galaxy é um reles Star Wars wannabe, então porquê?
Sendo eu um fanboy de Star Wars, não pude deixar de reparar em inúmeros paralelismos com este filme. O Groot é claramente o Chewbacca, é grande, castanho e não diz nada de especial. No Peter Quill e no Rocket vejo ali muito de Han Solo e Luke Skywalker divididos pelas duas personagens. Nos maus da fita idem, o Ronan é o Darth Vader e o Thanos é o Imperador Palpatine.
Se calhar o comum dos mortais não vê muito de Star Wars neste Guardians of the Galaxy, mas para alguém como eu que conhece muito bem a saga Star Wars vai reparar que o realizador foi buscar muita inspiração à obra do George Lucas, não é que isso seja uma coisa má, apenas que o podia ter feito para tornar o filme melhor e não o conseguiu.
Para finalizar, o Guardians of the Galaxy não é um filme reles, apenas o é quando comparando com Star Wars, mas também não é um filme fantástico como se vê por aí tanta gente a dizer. De salientar que não penalizei a nota final deste filme apenas porque o achei idêntico ao Star Wars, simplesmente não me cativou nada.
Esperava um pouco mais deste filme e acabei ficando bastante desiludido.
Meh [5/10] ★★★★★✩✩✩✩✩